O guandu situa-se entre as mais importantes culturas de leguminosas, porque é capaz de produzir colheitas elevadas de sementes ricas em proteína, mesmo em solos de baixa fertilidade estando adaptada a altas temperaturas e a condições de seca.
Dependendo da variedade, o guandu pode ser uma planta anual ou perene de vida curta, apresentando caule lenhoso e uma raiz principal pivotante que pode penetrar um ou mais metros no solo. Numerosas raízes finas secundárias, até 30 cm da superfície, apresentam nódulos que contêm bactérias do gênero Rhizobium, que fixam simbioticamente nitrogênio atmosférico e que é cedido à planta para a formação de seus aminoácidos e proteínas.
As folhas apresentam-se trifolioladas, com folíolos lanceolados ou elípticos, com 4 a 10 cm de comprimento e 3 cm de largura.
As flores apresentam-se em rácemos terminais com 1,5 a 1,8 cm de comprimento, de cor amarela ou amarelo-alaranjado, podendo apresentar estandartes salpicados ou mesmo totalmente púrpura ou avermelhados.
As vagens são indeiscentes, de cor verde-marrom ou púrpuras, ou mesmo verde salpicadas de marrom, de forma oblonga, com 8 cm de comprimento e 1,4 cm de largura.
As sementes, entre duas e nove por vagem, são de formato aproximadamente redondo, com 4 a 8 mm de diâmetro, de cor verde ou púrpura quando imaturas e, quando maduras, apresentam cor que vai de branco, amarelo, castanho, a preto. Podem ainda apresentar cores claras salpicadas de marrom ou púrpura. As sementes são bastante duras quando secas e o número de sementes por kg varia de 1.150 a 3.630 unidades.